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Mostrando postagens de março, 2017

Sofrimentos cinestésicos

Feito um estudo com bebês em orfanatos, todos assistidos com limpeza, banho, comida. Alguns ficavam mais apáticos que outros. Ao investigar descobriram que uma dose de afeto mudava drasticamente o quadro da apatia. Os seres humanos têm sentidos. três deles predominam. visão, audição e tato. dentro destes um deles caracteriza mais. Daí a definição de visuais, auditivos e cinestésicos.  Os visuais se caracterizam por comunicar-se e "sentir" visualmente. Os auditivos se focam na voz, nos sons e os cinestésicos além do toque, sensações, emoções. Imagine a cena: ele é visual. Ela é cinestésica. Ele se arruma, passa impecavelmente a camisa e quando chega no encontro quer ser elogiado pela sua aparência. Ela simplesmente chega e o abraça, aperta, amassa a camisa passadinha impecável e nem fala nada sobre como ele está "lindo". É a morte para o visual. E mata a cinestésica sendo grosso reclamando que ela amassou a camisa novinha, passada.. Não adianta o abraço, o bei

Continuação da inutilidades

A frase é: discutir ideias. A pessoa leva pro lado pessoal. Pessoas pequenas levam pro lado pessoal pra tentar desviar o foco. há um problema? Ok vamos tentar solucioná-lo. Pra essas pessoas resolverem primeiro faz uma série de mimimis querendo tirar a culpa/responsabilidade do problema. Olhar pra frente. Não é qualquer pessoa que olha pra frente. Projeta problemas e possíveis soluções. Colocam pessoas erradas pa atrapalhar ao invés de ajudar. Se sentem as mandonas só porque possuem um nível hierárquico acima. Mas pense: alguém é obrigado a aturar antas? Matar leões faz parte mas as antas atrapalham. Ocupam espaço. E ainda acham que são necessárias. Necessário na vida é Deus em primeiro lugar. De resto, nada necessitamos nos apegar. Chega de idiossincrasias. Chega de gente que subestima a inteligência alheia, ou por achar que temos um bom sentimento vamos indefinidamente ser conivente com as irresponsabilidades. Chega de manter ocupando inutilidades, sejam coisas ou pessoas.

Histórias se repetem

Ela sempre foi nerd. Cresceu no meio dos livros. Fantasia. Elucubra. Mas a realidade nem sempre é como na ficção. Vai crescendo, a vida vai passando, conhece pessoas, faz amizades e sempre tem simpatia. Ia à festas. Nunca aceitou ficar com o feinho que sobrou. Achava -  o cúmulo, ridículo, deprimente, desvalorizante -  junto com o amigo, as meninas e meninos ficarem daquela forma. Eles olhavam e comentavam entre si. Os anos se passaram, rumos diferentes de vida, mas sempre mantinham o contato. Numa das visitas ela sente talvez uma atração que nunca sentiu pelo amigo. Tenta ir conversar. Não conseguiu oportunidade. No fim da visita a surpresa. o "amigo do amigo" estava chegando. Quando ela olha pro "amigo do amigo" o cumprimenta e ele de cara vira para o amigo e diz: "ah, então essa é a fulana? (eu). Entendi que eu era a "famosa". Mas qual a surpresa maior quando olho bem para o "amigo do amigo" e percebo que ele é um alter ego de mim mesma.

Utilidades e inutilidades

Temos os chamados "dias úteis". Então os outros dias podemos considerar como inúteis. Assim como os dias são as pessoas. Algumas correm atrás de que as outras pessoas as vejam como úteis, porque elas sabem que são inúteis. Daí pedem pras pessoas úteis que façam coisas pra elas pras mesmas posarem de úteis. As úteis são assoladas. São requisitadas. Na maioria das vezes são low profile, pois precisam se esconder para não serem consideradas chatas por serem obrigadas a dizer não aos inúteis interesseiros. Pobres úteis. Requisitados apenas para o que interessa, depois marginalizados. Os úteis precisam aprender a dizer não e conviver com a (quase) solidão. Quer sossego, pois a todo momento aparecem os inúteis pra aborrecer. Os inúteis? Bom... Como esse texto é escrito por um "útil", só quero saber desviar ou falar claramente. Deixe-me em paz. Eu vivo muito bem sem você seu inútil, mas você deve me odiar porque não pode viver sem mim. Sem mais.

Fora de moda?

Ele lindo. Bem apessoado, sorridente, simpático, boa situação profissional... e cristão. Sonho de consumo de qualquer moça. Ela se empolga. Mas sempre preferiu dignidade, estar só do que mal acompanhada... Sempre aparecem os "pseudo apaixonados", os que querem estar sempre por perto, divertem, são amigos... mas a pergunta vem... "quando faz a cirurgia?" e quando ela responde que odeia ter que se adequar ao padrão só pq a sociedade (ou o cidadão que não tem coragem de assumir assim) quer... simplesmente somem. Observando bem o cara antes mesmo de ser amiga... se gosta de um, mas quando vê o tipinho inútil que eles preferem ficar... padrãozinho, mulherzinha... e eles vão viver um amorzinho... infelizinhos... O que machuca é isso: o cara gostar da pessoa, do ser humano, mas não aceitar a casca porque ela não está "na moda"...

Até que ponto?

Linda. Inteligente. Rosto angelical, como ele disse. Há 20 anos ele já dizia a mesma coisa. Casado. Mas sempre que a encontra e tem uma oportunidade, deixa claro que a aprecia muito, mas pergunta por quê que ela não faz um regime. A gota d´água. Pergunta sobre cirurgia bariátrica. Ela tenta argumentar que não é uma questão física, mas emocional, ele não ouve e insiste na tecla. Ela continua simpática. Terminam a conversa. Ela fica triste. É paga pra pensar, sua profissão é intelectual e não de modelo. Que fazer? Moldar-se ao padrão imposto pela sociedade? ou revoltar-se e continuar impondo sua angelicalidade num corpo grande? O socorro não se vê pedido. Só o preconceito sentido. Sentimento de autocomiseração? não resolve, ela sabe. Mas a dor e o peso das lembranças das palavras e feições de rostos de tantos anos vêm como uma avalanche quando situações como esta acontecem. Sobreviver a isso? Complicado as vezes. Continuar lutando... tem horas que as forças acabam. Mas o caminho só tem d

Triste sina

Triste sina. Ela é linda de rosto, inteligente, bem humorada, sempre sorrindo e rindo. Ele na dele, inseguro da vida Sempre conversavam. Sobre a vida, agruras, tristezas, sonhos, inseguranças... começaram a perceber que tinham muitas coisas em comum. Sempre rindo nas conversas, até que um dia uma luz acendeu nela. Ela em conversas, na brincadeira, percebeu que ele era "territorialista". Ele disse que incomodava-o quando a namorada abraçava um outro homem, mesmo que fosse gay. "um homem é sempre homem" dizia ele. Um belo dia ela percebeu que o incomodar também era com ela (ele agora solteiro). Um dia conversando sobre relacionamentos, ela contou que um cara mal a conhecia e já queria beijar sem nenhum compromisso ele sorriu bem e disse "você precisa ser mais flexível". Daí ela rebateu com um "nossa! mas e as bactérias?". Ele prontamente insinuante: "é bom pra criar anticorpos". Ele brincava dizendo que ela era mais pop que o cara pop